segunda-feira, 15 de julho de 2013

Sabores...

"O nosso amor é tão bom
O horário é que nunca combina
Eu sou funcionário
Ela é dançarina
Quando pego o ponto 
Ela termina"

Delícia ouvir essa música.
Delícia a chuva batendo na caixa do ar-condicionado.
Delícia os fascinantes acasos da vida.
Delícia escovar o cabelo e sair com cheiro de salão.
Delícia pintar as unhas de vermelho e ficar apreciando.
Delícia sorvete de chocolate (mesmo no frio).
Delícia diálogos intermináveis sobre o tudo e o nada.
Delícia o passarinho cantando na janela.
Delícia meu cachorro falar Amor.
Delícia a palavra amor.
Delícia a palavra novidade.
Delícia a felicidade.
Delícia teatro, cinema e literatura (independente de ordem).
Delícia a música brasileira.
Delícia a Bossa Nova.
Delícia o samba.
Delícia a dança que nunca é vista. 
Delícia perceber que a vida tem a mesma graça entorpecida, ou não.
Delícia superar limites.
Delícia ouvir um bom dia, boa tarde ou boa noite quando sinceros.
Delícia cinema sozinha.
Delícia respirar o ar puro.
Delícia tentar achar a resposta, não conseguir e mesmo assim ser entendida.
Delícia os desafios.
Delícia as dúvidas.
Delícia a esperança.
Delícia cantar, dançar e sorrir.
Delícia viver e contemplar.
Delícia ter amigos.
Delícia ser amada.
Delícia amar o mundo.
Delícia o sorriso de uma criança.
Delícia uma gargalhada.
Delícia uma noite bem dormida.
Delícia o amanhecer.
Delícia o por-do-Sol laranja.
Delícia a Lua cheia.
Delícia andar na praia.
Delícia um mergulho no mar azul e gelado.
Delícia o Sol quente batendo no rosto.
Delícia correr na chuva.
Delícia uma declaração de amor.
Delícia cheiro de terra molhada.
Delícia cheiro de asfalto molhado pela chuva de verão.
Delícia comer pitanga no pé. Delícia um campo de flores.
Delícia um café bem quente em um dia frio.
Delícia pão de queijo. Delícia brigadeiro.
Delícia água com gás. Delícia água gelada.
Delícia olhar e enxergar a alma.
Delícia olhar e sentir calor.
Delícia olhar.
E ouvir.
E tocar.
E sentir.
Delícia...

 Furtado de mim, escrito em 02/06/2007.
"Saudade é uma lembrança nostálgica, carinhosa de um bem especial que está ausente, acompanhado de um desejo de revê-lo ou possuí-lo."

domingo, 14 de julho de 2013

"Diga-me com quem andas que te direi quem és"

Sinto falta da minha vida há uns 7, 8 anos. Eu era muito feliz, sabia disso, tinha os melhores amigos do mundo e preocupação nenhuma com o resto da vida. Nunca fui tão eu quanto naquela época. Ouvia samba com frequência, dançava samba com frequência, bebia cerveja, ria e encontrava minhas caras-metades com muito mais frequência. Alias, sou a única das minhas caras-metades que não tem sua única cara-metade e a única que ainda tem tempo pra sentir falta de um tempo que ficou para trás há muito tempo.